Banheiro.
Deixastes escorrer prazer em minhas mãos
eu gargalhava alto para não te submeter
ao amor que já havia se externado entre nós
Gargalhava para não entoar nada mais sério
tu sorria –um riso frouxo – desses de convencida
enquanto tudo mais escorria fazendo o rio virar [a]mar.
Entorpecida me contive ao afastar-nos
pele quer toque no meio do seu caminho
deu-me a mão e saiu.
E dos seus olhos guardo lembranças oblíquas e dissimuladas.