DOCE INFÂNCIA...
Ah! Saudosa e longínqua infância!
Que sem esforço revivo...
Onde o aroma das ervas,
Plantadas por nossa mãe,
Lá num canto do quintal,
Rebaixado e umedecido.
Sinto o perfume das ervas...
Malva, Hortelã, Alecrim,
Misturando-se as Dálias,
Copos-de-leite, Margaridas e Jasmim,
E as perfumadas Rosas,
Formavam nosso jardim.
Nosso cachorro cinzento,
Manso, fiel e obediente,
A fazer estripulias,
A correr pelo quintal,
Atrás da bola e de nós,
Saltitando alegremente!
O limoeiro copado,
Carregado e sombrio,
Onde eu passava as tardes
A costurar as roupinhas,
Da boneca única, que dividia,
Com minha boa amiguinha...
Nas noites enluaradas,
Corríamos pelos quintais,
À caça de Vagalumes,
Colocá-los em vidrinhos...
E ver quem pegava mais,
E soltá-los logo mais...
Lindas e belas lembranças!
A povoar minha mente,
Levando-me a viajar,
No tempo e na distância...
Sentindo o cheiro da brisa,
Daqueles doces momentos!