NO ÔNIBUS, PENSANDO EM SIMONE

O ônibus pára e absorve

A mancha que espera no ponto

Deixando a calçada mais limpa

Lá dentro, os pensamentos tontos

As casas passam sem parar

E os devaneios do menino

Enquanto a estrada serpenteia

Qual o rabiscar de um destino

Se insinua no pára-brisa

Uma promessa de abundância

A miséria fica pra trás

Cada vez menor com a infância

A paisagem é de borrões

Passando milhares de nomes

Fugindo ao ronco do motor

Ficando somente Simone

Enviado por Jimii em 03/03/2007