FUGAZ

A gente exala,
Múltiplas essências,
Pelas esquinas da sala,
Da adolescência,
A gente inventa,
Mil fantasias,
Se movimenta,
Pelas misteriosas sendas,
Da poesia,
A gente se emociona,
Se encanta com as novidades,
Deseja, adeja, decora,
As auroras,
Com ar de felicidade,
A gente busca tensas aventuras,
Ornadas por adrenalinas,
Exige os sonhos da vida,
Simpatiza com a loucura,
Deixa a alma acendida,
E a gente imagina,
Que a festa não vai acabar.
Mas, o tempo passa... passou,
Acabou com o encanto da gente,
A gente sente,
Não aceita o cansaço,
O tom baço,
Do tempo presente,
E deseja agora, voltar,
No tempo, perdidamente.


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 CADA UM NA SUA

 Pelos becos, pelas ruas,
a minh'alma exala nua
um perfume diferente,
que nem todo mundo sente.
Só aqueles escolhidos
- os poetas, entendido,
que voam na fantasia,
e entendem da magia
escondida num poema.
Não importa qual o tema,
se loucura ou lucidez,
o poeta não tem pressa,
a ele o que interessa
é não perder a sua vez.
Nem olha o tempo que passa
com leveza e muita graça
se perdendo por aí,
enquanto ele fica aqui
olhando o dia que esfria,
e contando...um...dois...três.

(HLuna)