NOTURNO

Sou notívaga sim!

Morcegando o noturno

a noite vagueia suavemente

na minha mente.

É como quem busca caminhos perdidos

e outrora desconhecidos

que se esfumaram em passos de solidão.

A música dum violino chora ao longe breves acordes de Chopin!

Naufragando em sonhos

me lanço num voo às cegas

querendo pegar réstias de flashes coloridos

cristalizados na escuridão.

O último boêmio trauteia uma música suave na noite calma:

“É tão calma a noite

A noite é de nós dois.

Ninguém amou assim

Nem há-de amar depois...”

E é tão calma e suave a noite

Com seus toques de cetim!

Não há caos nem Torres de Babel...

Apenas ao longe soam alguns acordes do Bolero de Ravel!

E o instante é de abandono soturno

O enleio dos acordes do violino

Navegando num mar divino

Contemplando o sonho na paz do noturno...

By@ Anna D’Castro

Anna DCastro
Enviado por Anna DCastro em 10/07/2013
Reeditado em 04/09/2013
Código do texto: T4380550
Classificação de conteúdo: seguro
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