Alucinação...
Tento não crer
No meu compreender
Da solidão que existi em mim
Por isso amo-te.
Amor gestado
No ventre de minha carência
Alimentado pelos meus sonhos de amor...
Ridiculamente romântica...
Louca, vivo tão distante da dita realidade...
Desnuda da sensação de “civilidade”
Pois tudo em mim é instinto
Primitivo, selvagem.
Meu corpo atende
As mensagens
Quando a lembrança de tua nudez
Me invade.
Peito, nádegas, coxas...
Mãos desbravadoras...Língua, boca!
Que numa busca louca
Pelo meu – teu prazer...
Sei disso, sinto...
Pude ver o deleite dos teus olhos
Ao contemplar-me o corpo...
Desnudo e entregue a teu céu de prazer
Ao saborear do meu mel...
Ao sentir a fragrância que exala da minha pele
E o tremor de minhas entranhas
Ao sentir sua invasão não estranha...
Mais esperada e ansiada
Saudades de você... De nós!
Meu desejo desejando o teu...
É o reflexo,
Da falte de teu sexo...
É reflexo, de minha libido exilada
Na noite vazia
De volúpia aprisionada
Nos porões da solidão.