Cor
Falsa liberdade minha princesa...
Pelos quilombos e roupas lavadas na cachoeira
Entre chibatadas e noturnas histórias
E perigosos chutes de capoeira
Eu sinto falta dos dentes alvos
Cantando e batucando pelas calçadas e praças...!
Os olhos amarelados e a cor da noite
Gritando as fontes da minha linda e sofrida raça
Os cabelos enrolados revelam a identidade
E soavam as canções de um povo que não se acovardava
Caminhava um Zumbi pelas esquinas de palmares
Que não temia à luta com as mãos acorrentadas!
Viva a pele escura!
Que ultrapassa o preconceito impregnado;
Que é vítima dos pensamentos limitados
Só por ter mais de melanina.