O POETA CHOROU


As flores de uma paineira,
belas frutas, da laranjeira,
somente isso, é minha floresta.
Também um lápis, um caderno,
sou um eremita moderno,
e é tudo o que me resta...

Próximo da cidade,
vivendo com a saudade,
que a alma infesta...

Tudo passou,
nada restou,
tristeza invade...

Das festas, já fui o festeiro,
do time campeão, fui o artilheiro,
e hoje...Só saudade sobrou...
Na igrejinha, fazia a oração,
para os adeptos de São João,
o jovem poeta, muito terço rezou...

Belos tempos da mocidade,
época que fiz caridade,
mas... Sozinho agora estou...

Olhando o campo,
nenhum pirilampo...

O POETA CHOROU...



GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 03/06/2013
Reeditado em 03/06/2013
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