Parece Que Foi Ontem
(Escrito em homenagem a uma amiga, na ocasião dos seus 40 anos de idade)
Parece que foi ontem...
Quando eu percebi
o primeiro dente-de-leite cair.
E, a partir daquele momento,
sorrir para os meninos
eu não mais me permiti.
Parece que foi ontem...
Quando, apanhei o batom da minha mãe
e passei em minha boca.
E, calcei seus sapatos de salto alto
e vesti a sua melhor roupa.
Parece que foi ontem...
Quando, por entre as minhas pernas
senti algo escorrer.
Ao perceber o líquido rubro e viscoso,
bastante aturdida nos braços da minha mãe
fui me socorrer.
Parece que foi ontem...
Quando dois pontos a intumescer
visualizei em meu peito.
E na infantilidade do meu afã,
corri à primeira loja
e meio sem jeito
adquiri o meu primeiro sutiã.
Parece que foi ontem...
Quando, vencendo a barreira da timidez
permiti que me roubassem o primeiro beijo,
que me fizessem a primeira carícia.
E sai, com altivez,
esnobando as minhas amigas, com malícia.
É! Parece que foi ontem!
E, no entanto, já se vão quatro décadas!
De raiva e de amor;
De ciúme e de paixão;
De ternura e de rancor;
De confiança e de decepção.
De dúvidas e certezas;
De derrotas e vitórias;
De alegrias e tristezas;
De lágrimas e glórias.
É! Parece que foi ontem!
Porém, ainda haverá muitos amanhãs
para eu construir a minha história.
(Escrito em homenagem a uma amiga, na ocasião dos seus 40 anos de idade)
Parece que foi ontem...
Quando eu percebi
o primeiro dente-de-leite cair.
E, a partir daquele momento,
sorrir para os meninos
eu não mais me permiti.
Parece que foi ontem...
Quando, apanhei o batom da minha mãe
e passei em minha boca.
E, calcei seus sapatos de salto alto
e vesti a sua melhor roupa.
Parece que foi ontem...
Quando, por entre as minhas pernas
senti algo escorrer.
Ao perceber o líquido rubro e viscoso,
bastante aturdida nos braços da minha mãe
fui me socorrer.
Parece que foi ontem...
Quando dois pontos a intumescer
visualizei em meu peito.
E na infantilidade do meu afã,
corri à primeira loja
e meio sem jeito
adquiri o meu primeiro sutiã.
Parece que foi ontem...
Quando, vencendo a barreira da timidez
permiti que me roubassem o primeiro beijo,
que me fizessem a primeira carícia.
E sai, com altivez,
esnobando as minhas amigas, com malícia.
É! Parece que foi ontem!
E, no entanto, já se vão quatro décadas!
De raiva e de amor;
De ciúme e de paixão;
De ternura e de rancor;
De confiança e de decepção.
De dúvidas e certezas;
De derrotas e vitórias;
De alegrias e tristezas;
De lágrimas e glórias.
É! Parece que foi ontem!
Porém, ainda haverá muitos amanhãs
para eu construir a minha história.