Fala-me


Fala-me do quanto era lindo, e tão profundo
Aquele crepúsculo, 
Que escondia fios de esperança
Ao final de cada dia!...

Fala-me dos sorrisos,
Das palavras de quem jamais desistia,
E mantinha-se firme, e acreditava,
Sem nunca crer que não seria!...


Fala-me daquela vontade de viver
Que nunca, jamais morria,
Da beleza engrandecida e suave
Daquela alma que nem notava que sofria!


Conta-me, mil vezes, a mesma história,
Pois eu preciso de motivos
Para crer que houve motivos!...

Fala-me então, da tua dor abstersa
Purificada através dos meus pobres versos
Que tentam reter, nas linhas, memórias
Do que ainda está - e sempre estará
Tão perto...




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Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 21/04/2013
Reeditado em 21/04/2014
Código do texto: T4251647
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