O Turbilhão do Tempo (2)

Retalhos de peças de outros jogos

Distintas cores se transparecem

Chorumes em volúpias, em fogos

À margem, pequenas coisas, fenecem

Domingo vem, domingo vai,

E as coisas vão tomando cor de fungo,

Pestaneja do cisco que cai,

Ao olho que lacrimeja sempre mudo...

Questiona a nota, a pequena letra,

Aquela benção, aquele rapto,

O olhar desinteressado que nos cerca,

É o que tudo estanca, hora e outra é fato,

E se de tempo o turbilhão é feito?

E se de tempo feito e findo por, somos nos.

Como muda esse jeito...

Como não deixar o cisco, sempre só?....

Elias Vilas
Enviado por Elias Vilas em 23/03/2013
Código do texto: T4203936
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