Aqui estou
 
em frente à estação,
à espera do trem,
à espera de alguém
à espera do tempo
que passa lentamente
 
Devagar vêm chegando
 
crianças curiosas
idosos cansados
jovens exaltados
casais apaixonados
que não passam mais
 
Param
 
num beijo ardente
num abraço demorado
num lenço molhado
na ânsia da espera
no fundo do meu olhar
 
Na mesma espera
 
todos iguais
todos tão diferentes
com histórias pra contar
com uma saudade pra matar
com um “alguém” pra encontrar
 
Eu observo
 
a caneta registra
casais se despedem
uns conversam, alguns leem
um profeta devaneia
ouve-se o apito do trem
Jefferson Lima
Enviado por Jefferson Lima em 18/03/2013
Reeditado em 28/02/2021
Código do texto: T4194538
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