As palavras

Vesti minhas máscaras

subi no tablado

abriram-se as cortinas.

Eu e minha arte efêmera.

Sublime, mágica

e cruelmente rápida.

Cravei-me no palco,

ma já não adianta:

as luzes se apagam,

as palmas se calam,

mas o espetáculo deve continuar:

que cheguem os novos atores.

Nos intervalos

viajo em mim

e busco uma rosa.

Porque as palavras

tão singelas e lindas,

essas sim,

nunca morrem.

Alessandra Martins
Enviado por Alessandra Martins em 18/03/2007
Reeditado em 14/08/2007
Código do texto: T417015
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.