DE VOLTA PARA CASA
Voltei para casa só,
Nada está no lugar.
Não ouço a sua voz,
Alegria já não há.
Fica agora a lembrança,
De alguns minutos atrás.
Sou a própria insignificância,
Sinto-me muito incapaz.
De assimilar à ausência,
Até o próximo encontro.
Está decretada a sentença,
A ser cumprida no recôndito.
Onde nem tudo está perdido,
Mas teve de ser logo adiado.
Tento conciliar os motivos,
Que impedem obter um saldo.
Ao menos é um breve alento,
Que tem um espaço modesto.
Nunca será um mero passatempo,
Neste meu discutível universo.
Na adequação para a realidade,
Vai trilhando caminhos imprevisíveis.
Porém não será demasiadamente tarde,
Para momentos inacreditáveis e plausíveis.