Meu pai...
Era um exímio jardineiro
Para sabê-lo feliz bastava vê-lo
Lidando em seus canteiros
De sol a sol, dias inteiros
De janeiro a janeiro...
Pacientemente lavrava, semeava
Com amor, à terra se entregava
Com zelo e dedicação de tudo cuidava
Suas mãos benditas
Davam vida a tudo que plantava
Onde antes nada havia
Em pouco tempo tudo vicejava, floria
Era homem bom, calmo como um santo
Dono de um imenso coração
A ninguém sabia dizer não
De poucas letras, mal assinava o nome
Na humildade, sua grande sabedoria
Plantar jardins, seu jeito de fazer poesias
= Roberto Coradini {bp} =
28//02//2013