Lembranças

(Qualquer colocação sobre os meandros incontáveis do amor já é pura poesia, mesmo que careça de dotes literários, vale a pena a ousadia...)

Você lembra?

Quando chegava e me via

Na mesa de atendimento

Com fila que se perdia

Sob meu olhar atento

Pela tua vez sofria!

Impaciente esperava

Tua vez se aproximando

Sorria enquanto eu sonhava

Nossos olhos se encontrando

Aos poucos você chegava

Depois de tão longo tempo

Ficamos frente a frente

E sem constrangimento

Nos beijamos ternamente...

Lembranças em nossas mentes

Dos nossos encontros furtivos

No final dos expedientes

Dos dias de abraços lascivos

Em saudosos lençóis quentes

De tuas visitas freqüentes

Só me resta lembrança

Como canções dolentes

Onde o coração dança

Em compassos frementes...

É preciso ir em frente

Tudo tem mesmo um fim

Momentos da vida da gente

Pedaços perdidos de mim...

Paulo de Tarso

Paulo de Tarso
Enviado por Paulo de Tarso em 17/03/2007
Reeditado em 26/11/2011
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