Terra seca azul seco
De tanto andar e nada ter.
Ponho-me a deitar sob a poeira do chão.
Em minha volta, não existe nada,
apenas passa um gavião.
Sol que péla pela minha pele. Eu não
conscientizo nada, além de terra seca.
Oh, ave, não se vá! Pois és a única que
me deu um pouco de sombra fresca...
Mesmo que por um instante, ele
se torne a minha nuvem.
Sendo-me a inspiração para encontrar alguém.
E voa com tranquilidade marcando o céu feito um avião a jato.
Em meio a isto, repouso o olhar
com serenidade e, fico despreocupada.
Alguém me ofereça um gole de água neste deserto.
Sigo em rumo ao vazio em meio
às dunas caminhando reto.
Ave, não bata suas asas assim,
ou para mim. Provavelmente... eu as roubaria.
De tudo faria... Só para me sentir livre de toda
essa agonia.