Que rua é essa?
Que rua é essa?
De minha rua,
vejo a casa onde moro
pelas janelas onde os outros me vêem
na estática e presencial lembrança
que evoco de mim mesmo.
A civilização passa em festa
e há choros e há conversas
e uma multidão perdidamente só.
Olho os meus olhos então
e finjo, não me ouvir o coração,
que prefere ir passear nas outras ruas.
De minha rua,
vejo a tua, alegremente triste,
como se eu não morasse
em lugar nenhum
e não fosse ninguém...