No soar de uma flauta

Soou da flauta o som que esculpia lembranças terrenas
Que jamais serão vividas
Em berço de ouro surgiu
Talvez não
Ao som da melodia renascia
Lembranças da pureza do respirar de alguém
Que em terras verdes sonhou
Nas serenatas improvisadas da lua minguante
No cantarolar de uma fogueira
Emoções esboçaram o sentido de recordar
A cada sopro uma ilustre fantasia
De voltar ao passado que sobrou
Somente na memória esquecida
Retorna um soneto da delicadeza de um sopro
Relíquias de um passado
Que nunca voltará a se apresentar
Nos suaves sopros
Recordações momentâneas
De tudo que fará falta
Em frente a solidão que se instalou
No soar de uma flauta.
Felipe Beckmann
Enviado por Felipe Beckmann em 14/01/2013
Reeditado em 29/04/2015
Código do texto: T4084228
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