Desterro... Enterro!
... Mudei muito nos últimos três anos. Hoje posso dizer que sou uma mulher... Que os resquícios da menina em mim, desvaneceram com teu sopro de tempestade... Tuas procelas esfacelaram minha ingenuidade. Porem, em determinados momentos, as lembranças me assolam com força tamanha, me esqueço no que me transformei e volto ao casulo... Preciso se faz então, desenterrar meus ossos ocultos, libertando-me assim dos meus fantasmas.
Meu querer por ti foi invenção
Criação nascida, da minha necessidade de estar apaixonada.
Teu sorriso fica cristalizado, brilhando inatingível,
Exatamente como deve ser...
Eu não te trago para minha realidade
Pois sei do teu brilho fugaz.
Você é fascinante em minha memória
Mas seria comum e trivial
Na convivência do agora.
Teus beijos me embriagam nos sonhos
Na realidade tua boca pesa
E não acompanha a velocidade de minha língua
Você é um holograma
Que se desfaz quando acendo a luz da minha verdade...
Inscrevo então na lápide:
Aqui jaz um grande amor!
E te trago flores quando lembro de você...