Morte do poeta
À Literatura Amazonense
Morre um poeta
E com ele esvai-se
A chama breve de sua arte.
Fica apenas a lembrança atônita
E o brilho fosco da última poesia
Categorizada pelos versos soltos
E pelos cognatos mal rimados.
Eis o sonho e o sorriso desfeito.
Eis a lâmpada que não alimenta mais a sala.
O poeta sonhava com a liberdade
Esta doce e portentosa magia
Que ninguém pode tirar de sua alma.
Morre um poeta
E com ele esvai-se
O último verso de sua arte:
“Pobre daquele que está preso
Ao estilo e aos costumes”.