Efêmero

Água, canudo, sabão

mexe, molha assopra

e soltamos a bolha a voar.

Como nossa vontade:

o colorido da bolha

se esvai ao vento.

Infância,

meu pedaço de tempo...

como é bom te lembrar.

A dança do ar na bolha

é breve, não se acostuma

quer ser livre,

pra depois se perder.

Como nossa vontade que fica

da beleza que foi

não ter fim.

A bolha estoura,

não morre,

se acaba.

Sobra de dentro dos olhos

um sorriso que ri

por mim e para mim.

Quintino
Enviado por Quintino em 24/12/2012
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