Efêmero
Água, canudo, sabão
mexe, molha assopra
e soltamos a bolha a voar.
Como nossa vontade:
o colorido da bolha
se esvai ao vento.
Infância,
meu pedaço de tempo...
como é bom te lembrar.
A dança do ar na bolha
é breve, não se acostuma
quer ser livre,
pra depois se perder.
Como nossa vontade que fica
da beleza que foi
não ter fim.
A bolha estoura,
não morre,
se acaba.
Sobra de dentro dos olhos
um sorriso que ri
por mim e para mim.