A toada dos aflitos
Veracidade da vida
Nada que vem fácil é seguro
Um dia calmo outro agitado
Habituar-se na beira do monturo
Anseio de liberdade
Impossível viver
Quem cobra dos outros presteza
Por si nada faz acontecer
Visões, odores – mistura de sentidos.
Os pesadelos dão sinais que vêm à tona
Sentir os gritos rebentarem n’alma
Certeza de que sua história foi à lona
Perder esperanças
Duvidas: presente, passado e futuro.
Ter muito, mas sentir-se a mingua.
Suspeita de que tudo é inseguro
No espelho: olhar sem se reconhecer.
Invariável baixa estima
A morte vem sem dizer porque
Viver a vida alheia é sua sina
Chegada à hora
A vida escapuliu e a multidão impotente assiste
Em crise, somente um momento.
E o mundo não mais existe
Manoel Cláudio Vieira – 03/12/2012 – 06:42h