LEOA
Me tirou a paciência,
Me tirou a paciência,
Me ofuscou brilho,
Me levou ao desatino,
Inverteu minha eloquência.
Saiu com tudo e bateu
As portas no meu peito
E hoje não tem mais jeito
Meu coração não é mais seu.
Ai daquele que de mim
Faz brotar a amargura;
Ai daquele que de mim
Faz amarga a minha doçura.
Não espere nada de mim,
Senão minha grande pena.
Mesmo sendo qual leão na arena,
Nada mais desta alma terás, enfim.
Ai daquele que a mim
Se fizer de desentendido;
Ai daquele que a mim
Não se mostrar arrependido.
Mesmo assim ainda penso
Que tudo é como cadeado.
Se meu peito está fechado,
Outrora peço alento.
Não me veja como abrigo,
Porque não sou Madre Tereza.
De mim só terás a avareza,
Dos meus sentimentos, "amigo".