LEOA

Me tirou a paciência, 
Me ofuscou brilho,
Me levou ao desatino,
Inverteu minha eloquência.
 
Saiu com tudo e bateu
As portas no meu peito
E hoje não tem mais jeito
Meu coração não é mais seu.
 
Ai daquele que de mim
Faz brotar a amargura;
Ai daquele que de mim
Faz amarga a minha doçura.
 
Não espere nada de mim,
Senão minha grande pena.
Mesmo sendo qual leão na arena,
Nada mais desta alma terás, enfim.
 
Ai daquele que a mim
Se fizer de desentendido;
Ai daquele que a mim
Não se mostrar arrependido.
 
Mesmo assim ainda penso
Que tudo é como cadeado.
Se meu peito está fechado,
Outrora peço alento.
 
Não me veja como abrigo,
Porque não sou Madre Tereza.
De mim só terás a avareza,
Dos meus sentimentos, "amigo".
 
Liz Rocha Cantora
Enviado por Liz Rocha Cantora em 23/11/2012
Código do texto: T4001916
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