ESTRANHA DAMA II

A mulher que passou, antes leu os teus olhos, para compor histórias.

Fez-se Dama da noite, simplesmente ao saber, que sempre há estrelas.

Mesmo estando escondidas, sob as nuvens escuras, se faz possível vê-las.

Ou uma estranha Dama, que vestida de anjo, inventa formosura.

Compondo em oração, o amor como milagre e a dor como aventura.

E na rosa-dos-ventos os versos que cantou, têm frágil estrutura;

Esperança esquecida, na esfera colorida que o vento germinou.

Hoje em cada esquina, copia na rotina o que o tempo guardou.

E em meio aos sonhos, busca um facho de luz junto a cada lembrança,

Pincelando metáforas, que enfeitam chegadas, com jeito de criança!