NINHO VAZIO
Um dia eles estavam lá!
Eram cinco...
Um vento sem direção,
Sem deixar explicação, permitiu
Que só quatro ali crescessem.
Os quatro criaram asas.
Sem maiores dificuldades,
Cedo aprenderam a voar.
Um voou para muito longe!
Sua ausência trouxe nevoeiro pesado.
Tempestades de lágrimas e saudades!!!
Um "certo" rosto, durante anos não foi o mesmo...
Felizmente, há dois anos...
Retornou para o Nordeste.
Outros dois não foram muito longe...
Próximo ao ninho só restava um,
Porque também já voava.
Hoje... voou para outras paragens.
Um novo Estado, uma nova cidade
Lhe acolheu por tempo indeterminado.
O ninho, embora sendo ainda aconchego,
Está vazio, de verdade!
Nele habita muita recordação e saudades!!!
Mas sei que qualquer dia de verão,
Inverno, outono ou primavera...
Deles estarei à espera.
Virá um ou dois, os que estão na região.
Mas virá a estação onde os quatro juntos estarão.
E o mesmo ninho estará preenchido e...
Por algumas horas ou dias,
Os reencontros serão aquecidos...
Pela ternura dos olhares, beijos, abraços,
Conversas e muita alegria!!!
Isis Dumont
(Hoje, em 30/09/2012) dia em que Lívia (a única dos quatro, que residia na cidade) mudou-se para outro Estado, por motivo de trabalho.