Tríplice Vertente
A guerra fria não acabou...
Pelo menos entre nós.
E para que um dia foi amor,
E hoje nem beira a foz.
No meio do fogo cruzado,
Um inocente sairá ferido.
Inevitável será o estrago,
Diante do iminente perigo.
Em busca de um falso domínio,
Gera-se um emergente pretexto.
Para se justificar o extermínio,
Até exaurir o semblante grotesco.
A animosidade escreve a estória,
Da maneira que lhe convêm.
A quem a cada dia foi à forra,
No front de batalha toca o Réquiem.
Não se sabe daqui para frente,
O que é fim e o que é recomeço.
Certo é que nem sempre que vence,
Está a salvo do cabresto.