DESENCANTO.

Esta noite saí a sua procura

Andei incessantemente por todos os lados;

Bares, calçadas, becos e ruas.

Fui a sua casa e notei a sua ausência

As luzes estavam desligadas

A casa erma e escura

Um vazio e um profundo silêncio.

Andei pela pracinha da cidade

A praça da igreja do Divino

Circundei a fonte iluminada

A mesma fonte dos tempos de menino.

Lá tambem ela não estava

Somente lembranças evasivas.

Aquele banco que fora testemunho de nossos abraços

Da nossa infante paixão escondida

Lá ela não mais me esperava

Porque sozinho lá estava

Aquele mesmo banco vazio.

As dúvidas em mim pairavam

Na soturna madrugada fria

O desencanto fora grande ao acordar

Pois meu alucinante sonho não foi capaz

De encontrar ela pra mim.