Retrato
Dentre a palma das mãos
Os insensatos me chamam
Com as devoções de antes
Já me fizeram o sempre
Com dedos rabiscados
As paredes de gesso
O lápis de cor,
O amor que se porta calado
Ao meio do talvez
Talvez sinta o dito diante
Como as flores da primavera
Posso respirar um bom perfume
Entre cada porta de madeira
Pinto minhas unhas de vermelho,
Ele me põe no ar
Me lembra o que fui sem me machucar.