Modern Times

Modern Times

Esse silêncio que sussurra infinitamente em meus ouvidos,

Dizendo coisas e coisas que me fazem refletir.

A caminhada que dou ferem meus pés pois a cada passo que dou num espinho eu piso.

A espera é rápida, e a rapidez é tardia e o atraso é a indecisão.

Loucos são os normais, pois a locura é a liberdade de expressão da alma que pouco a pouco vai se

libertando.

Cinzas de uma tragada qualquer vai caindo silenciosamente ao chão, num lugar distante lágrimas

de uma pobre mulher, que chora por não ter dinheiro, que chora por não ter dinheiro.

Um papel que de nada vale, o papel que a morte limpa sua bunda, o papel que se tornou a esperança de todos, o alimento do Demônio chamado Capitalismo. Cuidado ele te controla.

Dane-se o moralismo.

Raspa do chifre do capeta, pelo do saco do demônio são as principais diversão.

Uma cédula enrrolada, um maço de cigarro. Contendo um, dois, no máximo três. Um espelho na mesa, várias petecas no chão.

Quatro indivíduos numa sala, que jogavam converssa fora, que ao mesmo tempo sentiam o imenso prazer que em suas veia corriam.

As horas passavam e suas vidas acabavam pouco a pouco a cada segundo que se passava.

Um dia porém todos há de conhecer o amor, pois a vida é puro tédio e essa é uma das formas para escapar.

Vou citar a declaração de um drogado:

"Velhas historias que temos, antigos romances que vivemos,

que se tornarão apenas lembranças com o passar do tempo. Me olho no espelho, o que realmente vejo?

Sinto apenas o veneno, deixado pelo seu beijo, que me faz delirar.

Me restando o desejo de sentir o perfume dos seus cabelos cacheados que se movem com a brisa do ar.

Que saudade é essa que me aperta o peito, que me corroe por dentro, algum dia há de me matar. Tento viver, mas não dá sem você."

Pois é eles viveram felizes para sempre.

No rádio uma música que foi escrita, para se tornar uma melodia e enfim soar em nossos ouvidos, eu tenho certeza é Bob Dylan;

Numa madrugada uma mãe orava por seu filho em estado de alucinação, pobre mãe que se baseia na fé que acredita que seu filho é santo.

A bomba então explodiu e as lembranças teclavam feito notas de um piano velho e desafinado, poxa ele lutava contra a morte. Superou.

A opnião de um agnóstico é mais ou menos assim, segundo o ditado o diabo tem várias faces, e Deus é onipotente, onipresente e onisciente

Qual a diferença? Sinceramente não gosto de pensar que a fé é a base da piramide de valores espirituais de uma pessoa.

O mundo é injusto, é podre. Mas não se preocupe, alguem vai se sacrificar para fazer surtir o efeito de melhorias. A realidade é que

podemos sacrificar milhôes e ainda assim não conseguirmos alimentar o Gigante.

O coliseu, a maior fonte de distração dos pobres na antiga Roma, hoje a nossa maior fonte de distração, não cansa de nos mostrar coisas

que nunca iremos ser. Produtos químicos e apelos. Mentiras e venenos. Maldades e mortes, mortes.

Nos tiram a verdade.

A dama da noite que vende sua carne, para satisfazer outra carne.

A dona Morte que não cansa de espirrar sobre lugares onde esqueletos humanos comem lixos, estes que sonham em pelo menos um dia poder sonhar.

Os secretários da morte que adiam os dias tornando-os lembranças pra uns, e pra outros fiapos que não serão lembrados nunca.

As luzes bruxuleantes das ruas iluminam pessoas bebadas, drogadas que não dão valor nenhum as suas vidas.

Um chora dizendo coisas que não passarão de mal entendido, seu ombro amigo te acalma, te acalenta entranhamente.

E na mesma rua, fumaças de um cigarro vagabundo somem a cada tragada que lhe é dada.

E a mão trêmula de um corpo cambaleante, segura uma garrafa de alcool pela metade.

Malditos noturnos, seguiram ainda cambaleante à rua, em busca de algum lugar que pudessem se sentar.

E provaram do vômito e perderam a bebida e finalizaram o restinho do pó que lhe sobrara. Dormiu.

Ginsberg
Enviado por Ginsberg em 08/09/2012
Código do texto: T3870963
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