Para sempre

Jogo meu corpo na cama

Ela parece não me reconhecer

Os travesseiros já não guardam teu cheiro

O quarto, na penumbra, parece um fantasma

a me acusar por tua ausência

Rolo na cama

Ela parece mais larga que o normal

Um calafrio percorre meu corpo

não tenho forças para puxar o lençol

Fico inerte, muda,

escutando apenas o silêncio

As batidas do meu coração tornam-se lentas

O sangue foge de minhas veias

Minha respiração pouco a pouco vai sumindo

Dos meus olhos, lágrimas quentes queimam-me

Fecho os olhos para sempre.

valene
Enviado por valene em 01/09/2012
Reeditado em 31/12/2014
Código do texto: T3859524
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