TERNO EM DESALINHO

Se num dos desalinhos do acaso,

num momento singular de tua apatia

existiu um pingo de veredas de paz...

Juro que folguei no teu amor

sem pensar nos doces e salgados.

Você, arrumador de crepúsculo,

espanou minha alma sem dó nem piedade.

Transformou meu mar Egeu em maré morta.

Movido na apatia,

esqueci de chorar

e nos teus rios me perdi

até desaguar no mar.

Desandei de vaga, a onda mundana

me atirei de contra as rochas

até me alterar em ostra.

Sem você, do meu lado,

sei que vou padecer

sem ter para quem dedicar meus escritos.

Mas, sem você,

garanto que com a tristeza gerada,

vou gargalhar quando voltar a escutar

teus poemas enfeitados

com tuas insanas mentiras mineiras.

Tato studart
Enviado por Tato studart em 13/08/2012
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