TERNO EM DESALINHO
Se num dos desalinhos do acaso,
num momento singular de tua apatia
existiu um pingo de veredas de paz...
Juro que folguei no teu amor
sem pensar nos doces e salgados.
Você, arrumador de crepúsculo,
espanou minha alma sem dó nem piedade.
Transformou meu mar Egeu em maré morta.
Movido na apatia,
esqueci de chorar
e nos teus rios me perdi
até desaguar no mar.
Desandei de vaga, a onda mundana
me atirei de contra as rochas
até me alterar em ostra.
Sem você, do meu lado,
sei que vou padecer
sem ter para quem dedicar meus escritos.
Mas, sem você,
garanto que com a tristeza gerada,
vou gargalhar quando voltar a escutar
teus poemas enfeitados
com tuas insanas mentiras mineiras.