Poesia-Samba para meu Avô
(escritos do verão de 2012)
Meu velho avô ontem venho me falar
Dos pecados que tinha para contar
Algo como uma pequena confissão
Olho nos olhos sem pedir perdão
Contando histórias de tempos atrás
Falou dos erros que já não faz
Bebeu água para não chorar
Deu sorriso, ficou a me olhar
Pediu só para não ter oração
Na hora em que fosse pro caixão
Pediu somente para mim falar
Que morte sem vida não há
Levantou-se e foi caminhar
Pegou limões, fez suco para jantar
Ficou quieto em contemplação
Assoviando uma triste canção
Na tv tudo normal
Um desfile de carnaval.