ESQUECER
Esquecer, não é função do coração
Nem tão pouco da alma
Não há voz de comando
Que de jeito
Quando o sentimento se enraiza
E se eterniza
O amor segue guardado
Secretamente murmurado
Nos sonhos sempre é sonhado
Pela saudade é castigado
Sentimento que zomba do tempo
Não envelhece, nem enruga
Mantém-se macio
Ao toque da lembrança
Tem por cultivo a esperança
Amor pode ser doce como mel
Ou amargo como fel
Mas continua sendo amor
Amor compartilhado é bom
Mas se não for
Não se torna ruim
E nem por isso tem fim
(foto da autora- NY)