Exílio

O que deverei dizer a ti quando caminhares até mim, com seus passos gélidos a me perseguirem?

O que dizer a ti quando chamares o meu nome, e já não puder alcançar o teu encontro?

O que dizer de suas mãos inanimadas, de seus beijos do sepulcro, de abraços de vazio?

Tu sorri, mesmo não podendo, e já não há brilho em seu olhar, ou anseio em suas palavras.

Faz-se imóvel, seu coração que um dia meu;

E Jaz eterno, sob meu peito lastimado.

Segundos nostálgicos rompem com o amanhecer e anunciam sua partida de tua visita incestuosa.

Agora, adormeça meu amor, regresse a seu leito sobre a terra, e aguarde por mim.