MADRUGADA
Eu vivi esta madrugada.
Ibiaporã, 1968.
Trepado em um pé de flamboiam
Cantava um poeta apaixonado
Fantasma, flutuando entre as sombras
A procura do ser enamorado
Madrugada de beleza fulgurante
Lua intensa, brilhando, cor de prata
Só o silêncio escutava aquela voz
Na delirante canção que dedicava
“A minha sorte foi tirana e a desdita”
Mas de desdita ali não tinha nada
Tanta beleza estimulava aquele ator
Que só sofria para o deleite da madrugada.
Tudo tinha um efeito encantado
Uma magia, impossível conceber
Mas o poeta se encanta e se inebria
Mesmo que seja incapaz de descrever.
Eu vivi esta madrugada.
Ibiaporã, 1968.
Trepado em um pé de flamboiam
Cantava um poeta apaixonado
Fantasma, flutuando entre as sombras
A procura do ser enamorado
Madrugada de beleza fulgurante
Lua intensa, brilhando, cor de prata
Só o silêncio escutava aquela voz
Na delirante canção que dedicava
“A minha sorte foi tirana e a desdita”
Mas de desdita ali não tinha nada
Tanta beleza estimulava aquele ator
Que só sofria para o deleite da madrugada.
Tudo tinha um efeito encantado
Uma magia, impossível conceber
Mas o poeta se encanta e se inebria
Mesmo que seja incapaz de descrever.