CORREGOZINHO DA MINHA INFÂNCIA
Quando eu era pequeno,lá na Fazenda,
Minha mãe lavava roupas no córrego,
Um lindo corregozinho de águas cristalinas!
Águas cristalinas, frias e doces!
Doces como as lembranças
Que trago da minha infância!
Lembro-me do esplendor da Natureza
Como um presente de Deus
Àquela mulher de vida dura e sofrida!
Sofrida, resignada e feliz mulher –
Trazia sempre um lindo sorriso nos lábios
E nos olhos, trazia do coração, a pureza!
Descrevê-la-ia duas palavras: fortaleza e ternura!
Vejo-a no córrego, esfregando, esfregando,...
E panapanás de borboletas enviadas por Deus -
As mais belas e coloridas borboletas - revoando
Ao seu redor dela e pousando nas brancas areias
Às margens do corregozinho formando belo tapete!
Tapete tão belo, não viram, as mais famosas rainhas!
O corregozinho ficou com boa parte de sua juventude,
De sua saúde, depositando em seu corpo as dores de hoje:
Artrite reumatoide, artrose,... não poupou, da dor, a dose!
Mas, do seu espírito, não venceram a fortaleza nem a ternura:
Ainda fala, com gratidão, das borboletas, dos peixinhos, das flores,...