cata-vento I
Manha de domingo,dia santo,dia de festa
com meu cata-ventos na mao
sou um supersonico
com helices coladas com sabao.
depois de viajar pelas estradas espaciais
minha nave pousa no pomar da velha casa da esquina
frutas maduras,faco escala
embaixo do pe de tangerina.
ao longe ouco com alegria o gramofone do cinema
antigas cancoes anunciando a sessao matine
o filme e do meu heroi preferido
nao posso perder.
corro pra comprar meu ingresso
familias nas filas
antes de passar pela cortina marrom do salao
admiro os cartazes das proximas fitas.
escolho meu lugar,amendoim e pipoca na mao
e descontida a emocao..
como eu esperava no final
o mocinho sempre vence o vilao.