Anjo
Na forma de criança alada
Eu voava no meu pequeno céu azulado
Brincava de esconde-esconde nas nuvens
Um real faz-de conta, a terra do nunca era ali...no meu condado
Sim tudo era uma eterna brincadeira
Bastava imaginar e tudo acontecia
Viagens, batalhas, descobertas
Pena que estavam contados esses dias de magia
Sim, anjos, corações inocentes
Brincando na chuva, gotas de cristal
Escorregando nas linhas do arco-iris
Ou viajando em um cometa pelo espaço sideral
Que saudades de ti, oh! infância perdida
O choro da saudade é pura melancolia
Muitas são as lembranças, oh! pobre criança
Um aperto no coração, quanta nostalgia.
Nas noites de inverno, o fogão de lenha
Era nossa lareira , nossa fonte de calor
Nas manhãs quentes do verão
Nas límpidas águas do monjólinho, eu era um corajoso mergulhador
Dia após dia o tempo foi passando
A magia foi aos poucos se acabando
Quando me dei conta...cadê Neverland?
Cadê o anjo? cadê o carrossel girando?