Nas Bagunças do Meu Quarto

De repente, frente a um quarto que necessitava de uma geral, pus-me ao serviço. Lá vi inúmeras bagunças. Eu, simplesmente, buscava separar o que ainda me era útil e o que não me fazia mais significância, quando senti um aperto no momento em que se mostraram as nossas lembranças. Hoje tive certeza da minha coragem, ao me desfazer dessas histórias, que por anos eu protegia de sei lá quem... Talvez dos pífios.

No ritmo da despedida, me transformei, tirei toneladas e mais toneladas das minhas costas. Voltei ao serviço bem animado, quando aquelas energias negativas das recordações me puseram na mesma pista, deixando-me preso ao trabalho, mesmo, no instante, querendo ir para bem longe.

Depois de horas na arrumação, resolvi passear...

Entre bebidas, desabafei com um amigo sobre o ocorrido. Poxa, me senti tão revigorado! Quando nos despedimos, pensei: vou caminhar mais um pouco, ir para dentro de mim, procurar esclarecer minhas (in)decisões.

Ao chegar em casa, me abrilhantei na tranquilidade de conhecer uma bela canção... Refleti mais um pouco... Fiz todas as misturas, constatei que hoje foi o meu dia. Fui sábio ao me despedir de quem nunca quis começar, de quem só pensava no fim. Do fim recomeço de novo, querida, com mais força, mais humildade e mais certeza de seguir em frente.

De repente, frente ao mesmo quarto, me repouso, me despeço da noite dormindo igual bebê.

Um novo dia me espera...

Rômulo Sousa
Enviado por Rômulo Sousa em 08/06/2012
Reeditado em 15/01/2015
Código do texto: T3711993
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