MIRAGEM

Trago a alma vestida

pelo ar da ilusão...

Uma estação que

desenhada reclamava,

de que um sinal foi nulo,

nada acrescentava...

Conceitos ao ouvido,

trazida pela percepção.

Ilimitado mar de beleza

se foi sem consideração

e, adornei-me de escudos.

Mas sempre desejava,

a docilidade que um dia

me ofertara, e sonhava

com o momento que me resta,

da serenata à canção.

E me perdi em muitos

que fui, sem comoção.

Sou da terra, a argila

manipulada e marcada...

E a descoberta,

da flor sempre calada,

grito demente,

da minha alma sem ambição.

Da lembrança,

colorida plumagem

de transtornada e doce ave,

repousada sobre o peito

como uma miragem suave...

Como se fosse

um afago no coração.

Vitoria Moura 1/5/2012

Ma Vie

Ma Vie
Enviado por Ma Vie em 01/06/2012
Código do texto: T3699590
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