NOBRE MENINO
Coração medonho ante a caponte!
Lá, onde as peripécias da vida
tornara-o num menino tristonho
abastado de esperança à subida
Resoluto na alma
e sem serenidade na fama
ele grita até mesmo primo...
Ainda mais além...
Sentia a ansiedade que percorria
a vontade de um outro cobrador
Que sempre dizia amém...
E em uníssono ouvia-se
Lobito! Lobito!....
e Benguela! Benguela...
O brado mais forte,
Era do poeta
Embora sem sono...
Nobre cobrador...
Aquele menino
Pobre feito jovem
gritando aos ricos ingênuos...
Benguela, 21/4/2004