Sonolento

Já lento, o piscar de olhos no crepúsculo

traz as imagens que se fixaram no inconsciente,

e, junto delas vêm os sorrisos que eu pulo,

maravilhados com essa bravura de viver contente.

Quando enfim se cessam, dão espaço ao devaneio

Que membrudo alui, enfim, as estruturas da melancolia,

Não mais possuído pela extensão do receio

Livre, o corpo em seu leito se estendia.

Enfados e pensamentos lutuosos se distanciam

O fôlego se houve melodioso ao serenar

Em meio a essa concórdia noturna se reconstituíam

o vigor e a sensatez necessárias para o despertar.

Isabel Espindola

Isabel Espindola
Enviado por Isabel Espindola em 21/05/2012
Código do texto: T3680674
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