O cansaço da minha vida
I
Cansa, arqueja e dorme
Querida, sem choro
Quero o sono enorme.
Amor, sem tristeza!
Digo o que te adoro
Do amor da pureza.
Que saudade eterna...
Sim, o amor do coro
Vem-me a paixão terna.
Hei de amar a alcova,
A quem eu demoro?
A idade mui nova.
- Digo o que te adoro.
II
Do sono sem vida,
Dormi, sem trabalho
Sem lira vivida!
Sem inspiração,
Langor, pelo talho
Deixo-o, sem ação.
Sinto a tua falta
A mulher que eu calho,
A afeição bem alta.
A mulher que eu amo,
Do choro mui falho
A musa que eu chamo.
Sê doce e madura,
Se olhar o meu talho
A esposa mais pura.
Tu és meu amor,
O peito que eu ralho
Do beijo amador.
- Do sono mui falho.
Autor: Lucas Munhoz (Poeta rapaz) - 14/05/2012