BALADA DE ETERNA ACEITAÇÃO

*Presente à você, pelo que se foi e pelo que restou, e por fagulhas que possam surgir, Que haja o sopro.

Uma palavra dita marca, ela escrita eterniza-se!

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Queria que estivesse aqui

As horas não passam.

Noite fria.

Não há o que me aqueça,

Nem o que preencha nossa cama vazia.

O vento sopra insistente,

Pelo vão da porta entreaberta,

O arrepio que me dá,

Não compara-se ao que sentia

Num simples toque de sua mão.

Mantive por longo tempo a porta aberta,

Numa interminável espera,

Na esperança de um dia,

Por ela te ver passar.

Pra te dizer baixinho,

Que eu sempre soube onde era meu lugar

Sentir seu coração bater descompassado,

Na louca ânsia de me amar.

Você há muito havia partido,

Apenas eu não quis acreditar.

Ainda sinto seus passos em sentido contrário,

E ouço o vento assoviando o adeus.

Só me resta agora,

Enxugar os olhos,

Trancar a porta

Apagar a luz.

Anna Lima
Enviado por Anna Lima em 13/05/2012
Reeditado em 11/05/2015
Código do texto: T3665303
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