VERDES ANOS

Nos meus anos verdes,

já amarelecidos,

nunca soube explicar

tanta razão:

De sendo perfeito

(não belo...)

achar-me féio.

Talvez pernas longas

quisesse,

nariz romano

desejasse?

Quantas aparências

eu tive e portei

sem qualquer

comprovação...

Fui Delon e não fui...

Valentino eu não sei...

Todas figuras apagadas

ao comparar qualquer

retrato...

Nossa! que nariz grande

e achatado!

que cabelo revolto!

parecia até eterna

peleja entre esquerda

e direita ou droite et

guache...

Meus anos verdes,

timidez inoportuna

disfarçada pela

vontade imensa

de conquistar

louras quentes,

morenas guapas,...

mas...cativando

as simples como eu...

Era tempo de paz

e amor...era o tempo

de busca, do dedo em V

do protesto pelo novo,

pela vanguartda...

Meus tolos anos verdes,

éramos sábios tolos,

ou somente tolos

verdes...

sei que era nova era,

já tão velha...

Alkas
Enviado por Alkas em 03/05/2012
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