De bar em bar

Não imagino o que pode acontecer,

não sei o que me espera ao entardecer.

Não ensejo esquecer ou sequer me perder,

então a tristeza tende esvanecer...

Suspiro por um abrigo,

transcendo a loucura em um vidro,

este sim, que abriga meu tecido.

Louco, bêbado, despido...

Aqui jaz meu libido!

Pareço que vivo,

Pareço que sinto.

Esperança que morre

em outra dose de absinto.

Aqui todo louco é meio psiquiatra,

todo bebum se torna filósofo,

todo amante é um poeta,

e qualquer depressão se torna um alívio...