Habitantes de Cascais
Nas pedras de Cascais distante
Aonde a estrada de ferro leva-me
Vi brasileiros e saudade abundante
Espumas, choro, soluços entre relva
Cascais tem luxo e bafos de galegos
Também têm vielas, tumbas e pelegos.
A saudade que bate à porta de irmãos
Enaltece a igreja do bispo Macedo
Os panfletos distribuídos por mãos
De brasileiros, matam de ira e medo;
Pois ainda existem, neste mundo
Covas, trevas e um buraco profundo.
Enquanto uns poucos ricos distribuem
Pais e filhos desamparados pela vida;
Os serventes, animadamente, concluem
Que servir na vida à serpente suicida
É antever um futuro morto na Bíblia,
E orar aos mortos despojados de fibra.
Ao corromper o pudor dos abnegados
Cristãos; os livres caçadores de almas
Benditas, nobres e filhos renegados
Que se submetem às ordens calmas
De homens imbecis e de suas rezes,
Serão infantes que veneram suas fezes!
Um lugar que tanta gente enaltece
Também sublima o sabor amargo
De aquele ser que de frio padece
Mata de fome e enche o rio largo.
Oh! Vida e morte ao triunfo dos mortais...
Não se esqueçam de quem são em Cascais!
Nas pedras de Cascais distante
Aonde a estrada de ferro leva-me
Vi brasileiros e saudade abundante
Espumas, choro, soluços entre relva
Cascais tem luxo e bafos de galegos
Também têm vielas, tumbas e pelegos.
A saudade que bate à porta de irmãos
Enaltece a igreja do bispo Macedo
Os panfletos distribuídos por mãos
De brasileiros, matam de ira e medo;
Pois ainda existem, neste mundo
Covas, trevas e um buraco profundo.
Enquanto uns poucos ricos distribuem
Pais e filhos desamparados pela vida;
Os serventes, animadamente, concluem
Que servir na vida à serpente suicida
É antever um futuro morto na Bíblia,
E orar aos mortos despojados de fibra.
Ao corromper o pudor dos abnegados
Cristãos; os livres caçadores de almas
Benditas, nobres e filhos renegados
Que se submetem às ordens calmas
De homens imbecis e de suas rezes,
Serão infantes que veneram suas fezes!
Um lugar que tanta gente enaltece
Também sublima o sabor amargo
De aquele ser que de frio padece
Mata de fome e enche o rio largo.
Oh! Vida e morte ao triunfo dos mortais...
Não se esqueçam de quem são em Cascais!