Saídas
Dos caminhos que se abrem
Porteiras que acessam
Cancelas que demarcam
Estradas que trafegam.
Das lagoas preservadas
Contenas, Conteninhas
Eternas, temporárias
Vidas perseguidas
Passadas de pássaros
Que se aninham.
São codornas, paturis
Nas pegadas da mãezinha?
Atravessam o Beco
Entre espaços dos senhores.
Águas que ligam tudo
De um cercado a outro são
Cercados da lagoa,
Cercados do patrão
Barreiros da provisão.
Águas que desviam cursos
Estradas por onde vão
Caminhos que já não passam,
Se querem chegar,
Sertão.
-- Conteninhas! -- Grita o menino.
A vida é intocada lá? -- Não!
Poderia ser sim!
Parece que sim!
Então?
Na solidão um vegetal.
O verde na multidão?
Das vidas que se escondem ali
Um oásis? Creio que não!
Mas poderia ser meu.
Se fosse de todos:
Conservação!
É de todos!
Mas quem vai querer?
Eu? Não!
Lá, foi de alguém
Que já não é,
Que já passou
E que deixou para outro ser
E ter:
Um tempo em mãos.