ANJOS DE OUTONO
Marinês Bonacina
Declina, o sol,
Um suave toque do vento gelado. . .
Renascem imagens, sentimentos
do inverno, primavera e verão.
Uma réstia de romantismo,
acolhe em seus braços.
O tempo escorre,
passa a nuvem, vida, sonho,
centelha do amor.
No painel do céu o poema dos anjos.
Noite . . . cheiro de outono
Sob brancarias de uma lua amável
de lendas, encanto, miragens e magia.
No olhar um brilho,
estrela, rio de poesia sofrida
choro num verso feliz.
Anjos da estação, abram sóis,
aos olhos de quem esqueceu.
Nem as dores franzem o cenho
Não vou legar a sina dos meus eus.
Nos vitrais dos sonhos a
grandeza do silêncio, hino eterno de Paz.
Nas asas dos anjos de outono.
POA, 25/11/2006